Educação ambiental é objetivo em horta

Plantação comunitária visa ensinar e servir de exemplo

Por Pedro Fecchio e João Simões.

Localizada na zona sul de São Paulo, a Horta Comunitária da Saúde foi criada em 2013 por um grupo de moradores da região. Apoiado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SMDET), o local segue diariamente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Antes da criação da horta, o local era um depósito de lixo, o que incomodava muito os moradores da região. O solo foi tratado, e seus primeiros cultivos tinham o objetivo de ensinar, servir de exemplo e ajudar a população com plantas medicinais, alimentos mais frescos e maior contato com a natureza. 

Segundo Sérgio Shigeeda, membro do Conselho Municipal do Meio Ambiente da Vila Mariana, a principal meta é desenvolver, de forma didática, a conscientização  ambiental das pessoas.

“Queremos inspirar as pessoas e transformar o mundo”, afirma. 

Nina Orlow, arquiteta e especialista em construções sustentáveis, é uma das voluntárias do projeto. Ela destaca o quão gratificante é aprender na horta. “Tenho muita gratidão pelo Sérgio, ele me plantou. É tudo muito educativo e instrutivo”, conta. 

Os Objetivos de Desenvolvimento Econômico (ODS) da ONU, que visam eliminar a pobreza e a fome, oferecer educação de qualidade e promover a inclusão, são a base da Horta Comunitária da Saúde. Em paralelo, Sérgio fundou o Fórum Agenda 2030, para aplicar os ODS por toda Vila Mariana. 

Além de cuidar do planeta, o local também zela a saúde mental das pessoas. “A convivência e o lado social trazem muitos benefícios para a gente. Faz bem pra cabeça e pra alma”, afirma Elza Kusaka, outra voluntária da horta. Nina confirma esses benefícios psicológicos.

“Se reconectar com a terra é saúde, é muito importante”, completa. 

O lugar também tem a intenção de servir de inspiração a outras hortas, doando insumos, sementes e mudas para quem tiver interesse em plantar. Aliás, a própria horta está plantando pela região, principalmente árvores frutíferas, na busca por uma cidade mais verde. 

O espaço cultiva diversos tipos de plantas, em especial PANCs (Plantas alimentícias não convencionais) e plantas medicinais, que são distribuídas aos moradores da região sempre que necessário, tanto para uso próprio quanto para o plantio em suas casas. Os voluntários também podem trazer de suas casas e plantar na horta. 

Esse cultivo diversificado traz muitas vantagens para quem o consome.

“Estamos vivendo em uma monocultura alimentar, muito por conta do que encontramos nos mercados. Precisamos diversificar a nossa alimentação”, conclui Nina Orlow. 

No início da pandemia, o projeto ficou suspenso por três meses. Após esse período, o grupo retomou os trabalhos com equipes reduzidas e sem aglomeração. Desde então, tem auxiliado a comunidade com campanhas, arrecadando alimentos e cestas básicas para serem distribuídos para a população. 

Para ser voluntário, basta entrar em contato com Sérgio Shigeeda pelas redes sociais e buscar informações sobre como participar. Outra forma de contato é o grupo do Facebook da própria horta. 

A Horta Comunitária da Saúde fica localizada na rua Paracatu, 66, no bairro da Saúde, em São Paulo. Por conta do isolamento social, é necessário verificar os horários disponíveis para visitas e participação em eventos. 


As notícias publicadas no Canal FAPCOM, tem como objetivo atender o artigo X da Diretriz Curricular Nacional do Curso de Jornalismo, publicada em 27 de setembro de 2013. Ela contempla o artigo 6º., inciso VI, que determina que o projeto pedagógico deve conter conteúdos que atendem ao eixo de prática laboratorial para propiciar conhecimentos e “desenvolver habilidades inerentes à profissão”.


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