Espelhos do Avesso

Criado por Laís Herrera, Kensuke Ota, Matheus Parente e Carol Lopes, o projeto Espelho Do Avesso explora a imagem da sociedade sobre o corpo, com a intenção de descobrir mais sobre a auto-estima em um mundo repleto de ódio e insegurança. O projeto visa mostrar que aprender a se aceitar e entender o motivo de sermos ensinados a odiar nosso próprio corpo é um ato revolucionário que cresce cada vez mais e se torna uma pauta importante na mídia e em debates atuais.

Como a pressão social na adolescência pode trazer riscos graves à vida adulta

Por se tratar de um período de mudanças, a adolescência requer dobro de atenção e cuidado. Saiba como saber se você precisa de ajuda.

Quem passa pela adolescência sabe a pressão física, social e emocional que esse momento exige. Algumas delas são inevitáveis, outras podem ser corrigidas a fim de evitar danos à nossa saúde.

Para criar uma conversa produtiva, a equipe Espelho do Avesso convidou Victoria Minoda, jovem adulta, para ampliar a discussão. Victoria relata que sofreu grande pressão por parte da avó para que ela não engordasse. Assim, ela passou parte da juventude controlando seus hábitos alimentares de forma muito severa e restritiva. Também conta que só percebeu no que estava se metendo quando notou as costelas aparentes no espelho, e sentiu que algo estava errado.

A baixa ingestão de calorias pode levar à disturbios como a anorexia e desenvolver desnutrição, deixando a pessoa em grave risco de vida. Não é incomum ouvir relatos de jovens que também praticam a bulimia, ato de forçar o vômito após as refeições, impedindo que o alimento ingerido seja digerido pelo organismo. No entanto, essa prática é extremamente nociva ao funcionamento do estômago e a longo prazo afeta o corpo como um todo. Os motivos muitas vezes são a procura de ser parecido com alguém admirado.

“Sempre gostei e me inspirei em Nicki Minaj, mas nunca tive o mesmo corpo que ela”, comenta

A cantora americana Nicki Minaj é apenas uma de muitas celebridades que expõem um corpo torneado desejado por muitos adolescentes. Entretanto, fatores como cirurgias e photoshop muitas vezes estão presentes, sem contar o fator biológico, onde nem sempre um biotipo pode ser igual ao outro. Assim, a mídia exerce um padrão de comportamento auto destrutivo em jovens como Victoria, que buscam essas alternativas perigosas como um meio de suprir essa necessidade de ser atraente.

A busca por mudança: como surgiu?

Quando questionada sobre a pandemia e os efeitos psicológicos da quarentena, Victoria diz que este é um ano de muito conflito, mas que tenta ser menos severa com ela mesma. Afirma que hoje em dia busca praticar exercícios e se alimentar para se manter saudável, e não apenas para atingir um padrão muitas vezes irreal. Também diz que sua mente ainda precisa de estímulos, mas que enxerga grande progresso nos últimos tempos.

Além da quarentena, conta que o filme “O Mínimo Para Viver” também foi um ponto marcante na sua trajetória contra o ódio ao seu corpo. O filme, dirigido por Marti Noxon na Netflix conta a história de uma menina com anorexia, sem esperanças de melhora. Tudo muda quando ela conhece um médico não convencional que a desafia a enfrentar esse problema.

Finaliza dizendo que não espera uma resposta rápida para anos de pressão e insegurança, mas que cada progresso é importante. Entender e pesquisar sobre auto aceitação e seguir esse tipo de conteúdo mais natural nas redes sociais pode ser um começo. Dietas equilibradas sem serem restritivas e exercícios que respeitam o limite do seu corpo também ajudam na sensação de bem-estar sem precisar estar atrelado à imagem de “corpo perfeito”. É importante lembrar que qualquer ajuda necessária pode e deve ser encontrada com um especialista adequado. Não tenha medo de buscá-la.

Para mais informações, acesse o site: https://espelhodoavesso.wixsite.com/espelhodoavesso


As notícias publicadas no Canal FAPCOM, tem como objetivo atender o artigo X da Diretriz Curricular Nacional do Curso de Jornalismo, publicada em 27 de setembro de 2013. Ela contempla o artigo 6º., inciso VI, que determina que o projeto pedagógico deve conter conteúdos que atendem ao eixo de prática laboratorial para propiciar conhecimentos e “desenvolver habilidades inerentes à profissão”.


Compartilhe